Presidente do Conselho do Remo, Fábio Bentes dá detalhes sobre o bloqueio de cotas e aponta solução

Carmem Helena/O Liberal

Após revelações importantes do presidente Antônio Carlos Teixeira sobre dívidas e bloqueio de cotas, Fábio Bentes conversou com o O Liberal. O ex-presidente do Clube do Remo e atual mandatário do Conselho Deliberativo explicou a natureza do bloqueio e apontou solução para o clube azulino.

“A dificuldade continua”: Remo segue com pendências na Justiça e Tonhão estipula tamanho do prejuízo

“Nós quitamos todas as dívidas trabalhistas, acontece que no início desse ano o juiz entendeu que precisava fazer um novo bloqueio para pagar dívidas com o INSS, que são dívidas tributárias, coisa que eu sempre disse que o clube ainda devia, como INSS, FGTS, Imposto de Renda. Reduzimos bastante essa dívida, está em torno de um pouco mais de R$10 milhões o total das dívidas tributárias. Parte dessas dívidas tributárias são referentes aos processos da Justiça do Trabalho que nós quitamos. Não são mais dívidas de credores, as trabalhistas foram quitadas só que o juiz entendeu por bem, bloquear alguns valores para pagas as dívidas tributárias, por isso um novo bloqueio”, detalhou Bentes.

O Remo teve cotas de pagamento bloqueadas pela Justiça, referentes ao Governo do Estado via Banpará e Funtelpa em relação ao Campeonato Paraense. Também não recebeu o valor total da cota da Copa do Brasil 2024, torneio que foi eliminado precocemente para o Porto Velho-RO.

Após três anos como presidente do Remo, Fábio Bentes ocupa o cargo de presidente do Conselho Deliberativo. (Foto: Márcio Nagano/O Liberal)

Tonhão, atual presidente do Leão Azul, acredita que o bloqueio de cotas impede a entrada de R$ 2 milhões na instituição. O valor faz falta para o azulino, que busca o acesso à Série B pelo terceiro ano seguido.

Fábio Bentes indica solução para o Clube de Periçá. “Tudo isso está sendo discutido e questionado, o Remo entende que essas dívidas podem ser parceladas e existe a previsão de parcelamento em 200 vezes e não é necessária quitar toda à vista, sem bloqueio de recursos que era para ter vindo para os cofres do clube, por algo que já tinha sido quitada. Logo isso irá se resolver na Justiça do Trabalho e o valor será liberado”, disse Fábio.

De acordo com Tonhão, a dificuldade continua. Nas quatro linhas, a situação não é muito diferente. No comando de Gustavo Morínigo, o time azulino não vence há seis jogos, tendo duas derrotas seguidas neste início de Série B.

Remo
Foto: Cristino Martins

Disposto a deixar a para trás a má fase, o Remo de Morínigo entra em campo no próximo domingo, novamente fora de casa, diante do Botafogo-PB, às 16h30, no estádio Almeidão.